Genocídio em Ruanda

O genocídio de Ruanda foi meticulosamente idealizado por um punhado de homens movidos por razões nitidamente econômicas e políticas. Teve como base ideological explicações bizarras baseadas num ódio étnico ancestral entre grupos que conviviam harmonicamente antes da chegada dos colonizadores europeus. A colonização belga forneceu uma pitada de adversidade na relação entre Tutsis e Hutus. Desde os anos setenta estes grupos viveram sob tensão. O que aconteceu na década de noventa foi apenas o auge de um genocídio que já havia começado anos antes, só que em menor escala. Em 1994 pudemos testemunhar a animosidade humana manifestada cruamente neste minúsculo país no coração do continente. O Apocalispe em curso: professores matando alunos, médicos matando pacientes, filhos matando mães, prefeitos saindo às ruas com facões para matar cidadãos. Nem idosos, mulheres, crianças ou bebês foram poupados: decapitados, queimados, torturados, violentados... Tudo norteado por uma propaganda fundamentalista que colocava parte da populacão (Hutus) com a macabra obrigação moral de exterminar a outra parte da população (Tutsis). Esta imagem acima foi feita em uma escola no distrito de Murambi, encravada numa lindíssima colina onde aproximadamente 50 mil pessoas foram massacradas em um único dia. Lá foram conservados alguns corpos como prova do que aconteceu em 94, para que todos possam ver de muito perto.